Algo que nos impressiona muito é que essa foi a primeira e única vez que um justo se batizou.
No entanto, essa também foi a dúvida de João Batista. Quando ele estava ali batizando o
Senhor, imediatamente sentiu a presença daquele que não tinha pecados para confessar e
recusou-se a batizar Jesus.
Em Mateus 3.13-15, a Bíblia diz: “Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, a
fim de que João o batizasse”. É como se Jesus dissesse: “Você precisa fazer isso porque Deus
trabalhou em todos esses séculos preparando tudo para que esse batismo acontecesse”.
Deveria se cumprir toda a justiça de Deus. Outra razão importante que você não pode
esquecer sobre o que é cumprir toda a justiça está em Gálatas 4.4: “Vindo, porém, a plenitude
do tempo, Deus enviou teu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Portanto, Ele deveria
dar exemplo e obedecer plenamente à lei diante da nação de Israel. Certamente, esse é o
significado fundamental dessas palavras. Na verdade, o maior cumprimento dessa justiça tem
em vista sua completa impecabilidade.
Outra coisa que quero esclarecer é que Jesus também deveria se identificar com os pecadores.
Embora Ele não precisasse de arrependimento porque não tinha pecado, Ele foi batizado como
nosso representante e, como tal, foi crucificado.
Sei que é uma delicada sugestão que Jesus tenha se identificado com uma humanidade
pecadora. Está escrito que, ao ser todo povo batizado, também o foi Jesus. É o que está escrito
em Lucas 3.21. Contudo, em 2 Coríntios 5.21, a Bíblia diz: “Aquele que não conheceu o pecado,
o fez pecado por nós, para que fôssemos feitos justiça de Deus”.
Um terceiro motivo foi para publicamente confirmar e anunciar o seu ministério. O batismo de Jesus marca a unção de sua aprovação diante do Pai, porque o Espírito Santo, na forma de uma pomba, apareceu no momento do batismo e disse: “Este é o meu Filho amado, em quem eu
tenho prazer” (Mt 3.17).
Essa é a confirmação de que o batismo de Jesus agradou ao Pai. No rito do batismo, há um
aspecto que depende do batizando o qual indica que ele está abandonando sua velha vida e entrando em uma nova vida. Jesus estava fazendo exatamente isso e certamente Ele também estava demonstrando que agora haveria n’Ele uma dedicação exclusiva a um ministério de grande salvação de muitas e muitas vidas.
Outro propósito muito importante foi identificar-se com o ensino de João. Isso era um aval do
ministério de João e mostrava que o ministério de Cristo tinha uma ligação com o de João.
Todo mestre em Israel precisava de uma credencial. Ser mestre em Israel era algo muito sério e muito observado. Jesus, ao ser batizado por João Batista, recebeu essa credencial. Ele foi admirado como grande mestre por membros de todos os grupos judeus reconhecidos. Em
Mateus 7.28, lemos: “Quando Jesus acabou de proferir essas palavras, estavam as multidões
maravilhadas da sua doutrina”, porque Ele as ensinava como quem tem autoridade, e não
como os escribas.
Se o Senhor Jesus nos deu esse grande exemplo, todos nós devemos nos batizar para que toda
a justiça de Deus em Cristo se cumpra em nós.
Pr. Luiz Rigonato
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